domingo, 29 de novembro de 2015

Análise crítica de um artigo,livre escolha,sobre DTA´s - Doenças transmitidas por alimentos

Salmonella spp., importante agente patogênico veiculado em alimentos
À expansão dos mercados de consumo, globalização econômica, alterações dos hábitos alimentares e aumento no consumo de alimentos industrializados ou produzidos fora do lar foi capaz de gerar mudanças no perfil epidemiológico de doenças transmitidas por alimentos. A Salmonella spp. é uma bactéria entérica responsável por graves intoxicações alimentares e sua presença em alimentos é um relevante problema de saúde pública mundial.
Os sintomas clínicos da salmonelose podem ser: a febre tifoide causada por R. typhi que só acomete o homem e não animais é transmitida através da água e alimentos contaminados com fezes humanas, podendo evoluir para óbito devido a septicemia, febre contínua, cefaleia e diarreia. A febre entérica causada pela Salmonella paratyphi A, B e C pode evoluir para septicemia e desenvolver um quadro de gastroenterite, febre e vômitos, pode ser causada pelo consumo de água e alimentos, especialmente leite e vegetais crus, mariscos e ovos. As infecções entéricas em decorrência de outras salmonelas desenvolvem um quadro de infecção gastrointestinal, tendo como sintomas dores abdominais, diarreia, febre baixa e vômito, sendo baixa a incidência de óbitos e geralmente sofre resolução em dois ou três dias.
No cenário atual o que se tem é o aumento da capacidade de produção da população economicamente ativa, em razão da segurança alimentar proporcionada por uma alimentação sem riscos. Além da existência de grupos vulneráreis como a população que vive em precárias condições higiênico-sanitárias e econômicas, veterinários e trabalhadores de granjas e fazendas que mantém contato com animais infectados, e a produção desordenada de alimentos em larga escala somada ao deficiente controle dos órgãos públicos e privados quanto à qualidade dos alimentos.
Uma ampla variedade de alimentos podem ser contaminados com a Salmonella spp., pois aqueles que possuem alto teor de umidade, de proteína e de carboidratos, como carne bovina, suínos, aves, ovos, leite e derivados, frutos do mar e sobremesas recheadas, são mais susceptíveis à deterioração. Outros grupos de alimentos como frutas e vegetais minimamente processados também podem ser veiculadores de salmoneloses, e essa contaminação ocorre devido ao controle inadequado da temperatura, da adoção de práticas de manipulação incorretas ou por contaminação de alimentos crus em contato com alimentos processados.
Embora exista vacina para o controle da febre tifoide, que deve ser utilizada principalmente por profissionais de risco devem ser adotadas ações de educação em saúde, destacando os hábitos de higiene pessoal, principalmente a lavagem correta das mãos entre as pessoas que manipulam alimentos, observando cuidados na preparação, manipulação, armazenamento e distribuição de alimentos. As principais estratégias de prevenção devem ser: seleção da matéria-prima, utensílios e equipamento cuidadosamente higienizados; fornecimento de água potável e adequado sistema de tratamento de lixo e esgoto; adoção de boas práticas de fabricação e implantação do sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

É de extrema importância que os órgãos competentes atualizem os registros epidemiológicos para que se possa ter dados corretos sobre patógenos e grupos de alimentos possivelmente envolvidos em surtos de intoxicação alimentar e não subestimar casos de salmoneloses, além disso um eficiente monitoramento das doenças transmitidas por alimentos é capaz de fornecer informações para o desenvolvimento de medidas políticas, legislativas e avaliação de programas de controles de surtos epidêmicos.

Postado por : Lucas Vitor Vasconcelos

Um comentário:

  1. Parabéns!
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